Conceitos de Literacia financeira:
(crédito,
empréstimo, dívida, endividamento, juro, investimento, risco financeiro,
fraude, conta bancária, meios de pagamento [cartão de débito e crédito], transferência…)
-Definir
conceitos relacionados com economia e finanças.
-Distinguir
diferentes meios de pagamento correntes.
-Identificar
responsabilidades, custos e riscos associados ao crédito.
Gestão do orçamento pessoal e familiar
-Distinguir entre
necessário e supérfluo.
-Identificar
possíveis situações inesperadas que podem afetar o rendimento pessoal/familiar.
-Elaborar um
orçamento pessoal/familiar.
Ética, direitos e deveres nas questões
financeiras
-Explicar a gravidade inerente
a um comportamento fraudulento nas questões financeiras.
Elencar
cuidados básicos a ter na prevenção da fraude financeira
Direitos do consumidor e conflitos de consumo
-Enumerar e ilustrar
comportamentos de um consumidor atento: verificação e compreensão de rótulos e
instruções, seleção de produtos (preferência por produtos nacionais, artigos de
qualidade, alimentos da época ou pouco processados…), comparação de preços,
regras de conservação de produtos perecíveis…
-Identificar formas de
apresentar reclamação em caso de conflito de consumo.
Com base numa análise de
excertos jornalísticos, debater os riscos associados ao comércio eletrónico.
Lê com atenção o texto seguinte:
Contas são contas
Texto de Maria da Conceição
Vicente
Quando a mãe chamou a Clara para a mesa saiu
imediatamente do quarto para vir jantar.
– Muito bem! – exclamou o pai Rui. – Hoje
a Clarinha não se fez esperar. Está a ficar crescida.
–
Não está nada, pai – comentou o Tomás, que acabava de pôr a mesa.
– Isto é só porque o ano letivo está
a começar e ainda estamos cheios de vontade de fazer tudo certinho.
Daqui a uns tempos…
– Hoje, depois do almoço, o pessoal
esteve todo reunido no bar da escola… – começou a Clara, ignorando a
conversa de quem estava à roda da mesa.
– O pessoal?... E pode saber-se quem é o
pessoal? – perguntou a mãe, sem conseguir disfarçar uma pontinha de
preocupação.
– Claro, mãe. É o meu grupo. São da minha
turma desde o 5.º ano e conhece-los todos: o Rodrigo, a Márcia e a
Inês.
A serenidade voltou ao rosto da mãe Catarina
e o pai Rui, também mais tranquilo, não pôde deixar de comentar:
– Então a Clara já tem “um grupo”! Pois
é, Catarina, esquecemo-nos de que a nossa filha já está no 9.º ano,
está a sair da casca…
– Mas temos um amigo novo…
– Ah! Tens um amigo, novo!... –
interrompeu o Tomás.
–… que veio de Bragança, não conhecia ninguém
e andava por lá perdido pelos corredores… – …estou a perceber! Já vi o
filme todo… – Cala-te, Tomás, tu também tens uma colega nova na tua
turma… que eu sei!...
O Tomás calou-se de
imediato. Percebeu a mensagem e a resposta ficou escrita a vermelho
nas maçãs do rosto. Os pais entreolharam-se, habituados que estão a ler
nas entrelinhas das conversas dos filhos.
– Chama-se Vasco… e é escuteiro.
Costuma fazer saídas de campo…
– Estou mesmo a ver!
Conquistou-vos com as suas aventuras… e então as meninas… faço
ideia! – comentou o pai Rui.
– Por acaso ele conta histórias muito
giras… e deixou-nos com vontade de acampar… mas não no meio do campo,
que eu tenho medo de aranhas, sardaniscas e bichos que tais!
– Queres um parque de campismo forrado
a alcatifa… – tentativa falhada do Tomás para entrar na conversa.
– Mas sabes, pai? Sabes, mãe? Estivemos
a combinar umas cenas…
– Ui! O que é que virá por aí?! – dúvida
do pai, sublinhada pela mãe.
– Decidimos que íamos
pedir aos pais para nos deixarem acampar uma semana na praia, no
próximo verão… Achamos que as viagens de finalistas não têm graça
nenhuma… toda a gente faz… e queríamos uma coisa diferente. E como
o Vasco já tem experiência e contou tantas histórias, lembrámo-nos do campismo.
Mas pensámos em tudo, pai; de maneira muito responsável, mãe. Ora escutem:
nós sabemos que os pais não nos vão deixar ir sozinhos, sozinhos…
Sabemos que vão exigir que haja adultos por perto para nos
vigiarem. Mas, ora vejam só a sorte: os avós da Inês têm casa na praia e
passam lá todo o verão; o professor José Vaz, de Educação Física,
logo que começam as férias também vai para lá, para o parque de campismo,
porque dá aulas de natação… E não digam já que ele não está para nos
aturar, porque é mentira: ele é nosso diretor de turma desde o 7.º ano, já nos
acompanhou muitas vezes, gosta muito de nós… somos quase filhos
dele…
– Ó Clara – interrompeu o Tomás –, tu pareces
a D. Maricotas, aquela avestruz da história que a avó Alice nos contava
para adormecer. A avestruz tinha engolido uma grafonola e quando abria o
bico nunca mais acabava a música. Tu não engoliste a grafonola, mas
parece que engoliste um televisor na hora do noticiário… Vê se páras um
bocadinho para nós respirarmos.
– … E ele também faz surf… e podia
ensinar-nos. – Então também quero ir… e afinal eu também já estou no 8.º ano,
não sou muito mais novo que vocês. Lá por serem finalistas… – disse
o Tomás. – E quero uma prancha de surf! – acrescentou.
– Tu? Primeiro: cresce e
aparece; segundo: lembra-te do que diz o avô Bernardo: “querer e
ter não estão na mesma entrada do dicionário”! – respondeu a Clara, que
logo acrescentou: – Mas, pensando melhor, tu até podes dar jeito: montas
a tenda, lavas a louça, pões toalhas a secar… Vou pensar no teu
caso.
A conversa acerca da inclusão do Tomás no
grupo continuou em clima de boa disposição,
7
até que a mãe Catarina desviou o rumo, a
fim de procurar que os filhos parassem de fazer castelos no
ar:
– Olha lá, Clara, isso não será um
capricho vosso, uma decisão em cima do joelho, só porque tens um amigo
que vos quer atrair para novas aventuras?
– Decisões mal pensadas arrastam despesas por impulso –
acrescentou o pai. – Já falámos nisso várias vezes: gasta-se dinheiro em
coisas que podem levar a um prazer imediato, mas que se põem de
parte logo que passa o entusiasmo.
– Já pensaste no material que têm de comprar
para usar só num ano? – continuou a mãe. – Nada disso, mãe. Primeiro: bens não duradouros, não precisamos de
muitos…
– Pelo menos não te esqueças de um repelente
para os mosquitos. Não é barato e dura pouco! – comentou o pai, em tom de
brincadeira.
– … quase tudo o que nós
comprarmos são bens duradouros,
que podemos voltar a usar sempre que quisermos; segundo: vamos ter
muitas oportunidades de usar. De certeza que vamos adorar a experiência e
vamos continuar a fazer férias juntos e ao ar livre. Além disso,
não há nenhum de nós que não queira, mais tarde, fazer o interrail.
E, assim, já temos a mochila carregada. É só pôr às costas… só falta a parte
mais importante: o dinheiro – concluiu a Clara, quase em surdina,
como quem pressente tempestade iminente.
– Ah! Ainda bem que essa parte da
conversa não foi esquecida – disse o pai –, porque é absolutamente
fundamental.
– Ó pai, eu sempre vos vi a fazer contas,
por isso não me ia esquecer do capítulo “finanças”. – Ainda bem –
comentou a mãe –, porque “contas são contas” e as nossas para este
ano têm de ser muito bem pensadas. Como o pai vai passar a trabalhar
em casa durante uma parte do dia, é urgente arranjarmos um espaço de
trabalho e queremos transformar o sótão – que agora só serve para
acumular velharias –, num espaço amplo, onde cada um de nós possa ter
a sua secretária e o seu cantinho. Para isso temos de fazer
obras…
– Mas o pai sempre disse
que põe todos os meses algum dinheiro de parte para fazer face a
situações várias… umas imprevistas, outras por necessidade… – argumentou
a Clara.
– Para prevenir o risco: é assim que o pai
diz – emendou o Tomás, com ar de entendido no assunto.
– Neste caso, não se
trata de uma situação de risco – esclareceu o pai. – Mas é verdade
que temos de contar sempre com as incertezas da vida e tentar
preveni-las, mantendo um fundo de reserva, ou recorrendo aos seguros, que
é um assunto do qual havemos de falar.
– Neste caso é
diferente: trata-se de uma necessidade e as obras já estavam nos nossos planos
há algum tempo – acrescentou a mãe.
– Só que isso implica repensarmos o
nosso orçamento anual e, consequentemente, mensal – explicou o pai.
– Se vamos gastar uma boa parte das nossas economias, temos de repô-las,
até porque há que ter em conta o tal risco de situações imprevisíveis de
que falava o Tomás…
– … portanto em vez de
acrescentar despesas, nomeadamente de férias, devemos reduzi-las
consideravelmente – rematou a mãe.
– Mas, mãe, tu assim até vais reduzir as
despesas de férias connosco. Fazer campismo não é caro e só vamos ter uma
semana de férias em vez dos quinze dias habituais… Olha, só tens de nos
dar dinheiro para a comida – e em casa também tínhamos de comer… – para o
resto nós vamos arranjar maneira de fazer economias.
– Já tínhamos pensado
pedir a vossa colaboração para definirmos as despesas necessárias, sobretudo as
de curto prazo, para começarmos a fazer um orçamento em conjunto – informou o
pai.
– Eu estou pronto
a colaborar – disse o Tomás. – Até podemos fazer um orçamento participativo
como se ouve para aí falar nos telejornais e é muito moderno.
– É uma boa ideia – concluiu o pai Rui. –
Assim podemos ver o contributo que cada um de nós pode dar para o
equilíbrio das finanças domésticas.
– Ó pai, não te preocupes – disse a Clara.
– Nós vamos arranjar dinheiro para as férias. E pensa assim: basta-nos
essa semana, não precisamos de mais. Vimos para casa e divertimo-nos por
aqui. Portanto, se acharem que não podemos sair mais tempo, como nos outros
anos, tudo bem.
– Assim, até podes dispor de mais
dinheiro para as obras da casa – acrescentou o Tomás. – E nós vamos
fazer os possíveis por reduzir as nossas despesas ao mínimo. Vá lá, pai,
deixa-nos já começar a sonhar.
Os pais mantiveram-se uns segundos calados,
até que a mãe Catarina quebrou o silêncio: – Bem, o melhor é nós dormirmos
sobre o assunto. O travesseiro é bom conselheiro. Amanhã
falamos.
– Ó mãe, por favor, não tenhas pesadelos!
– exclamou o Tomás.
– Ainda ontem te ouvi
dizer à avó “A nossa Clarinha está uma menina muito responsável…”,
por isso, mãe, não te esqueças de noite daquilo que pensas de
dia.
– Não nos vamos esquecer – rematou o pai
Rui. – Até vamos dormir de luz acesa… Entre risos e beijinhos a conversa só
terminou no final do serão.
Logo que o despertador
tocou, na manhã seguinte, o Tomás e a Clara correram ao quarto dos
pais:
– Então o que é que disse o travesseiro?
– perguntaram os dois irmãos, em simultâneo. – Como Casa de pais,
escola de filhos… – começou o pai Rui –, vamos fazer convosco como faziam
comigo o avô Bernardo e a avó Alice: vamos dar-vos oito dias para amadurecerem
a ideia… – …e se não se tratar de um impulso
e o vosso desejo se mantiver, daqui a uma semana falamos e assentamos
ideias. Não podemos é comprometer as obras do sótão, que são uma necessidade a
curto prazo – concluiu a mãe Catarina. Não seria esta a resposta mais
desejada, mas tanto a Clara como o Tomás sabiam que, quando os pais
tomavam uma decisão, não valia a pena argumentarem. E, afinal, tudo
estava em aberto… por isso, saíram para a escola ansiosos pela próxima
reunião do grupo.
1. Tomás:. E quero uma prancha de surf!
1.1. Esta exigência do Tomás corresponde à
satisfação de um desejo ou de uma necessidade? Justifica a tua resposta.
1.2. De acordo com o sentido do texto, imagina
a resposta dada pela mãe a este pedido do Tomás.
1.3. Explica o significado da expressão usada pelo avô Bernardo: “Querer
e ter não estão na mesma entrada do dicionário”.
1.4. Certamente já viveste situações em que
tiveste de escolher entre despesas para satisfazer um desejo ou para dar
resposta a uma necessidade. Refere uma dessas situações e justifica a tua
opção.
1.5. Segundo o pai Rui, “Decisões mal
pensadas arrastam despesas por impulso.” Em teu entender, quais as consequências
que as compras por impulso podem ter no orçamento familiar?
2. Como o pai vai passar a trabalhar em casa durante uma parte do
dia, temos de fazer obras.
Segundo a opinião da mãe Catarina, as
obras no sótão correspondem a uma necessidade, implicando, por isso, uma
despesa necessária.
2.1. Preenche as colunas A e B,
no quadro apresentado, transcrevendo as despesas da seguinte lista:
Despesas: almoço na
escola; transporte; roupa nova para festa de aniversário; material escolar;
capa de marca para o telemóvel; equipamento para as aulas de Educação
Física; lanche no café; bilhetes para o cinema; mochila para substituir a
que se rasgou; aulas de yoga.
A – Despesas necessárias (despesas
indispensáveis) |
B – Despesas supérfluas (despesas
dispensáveis |
|
|
|
|
2.2.
Acrescenta em cada uma das colunas A e B, três despesas da tua família que
correspondam a cada um dos tipos de despesas apresentadas.
Mãe da Catarina: É urgente
arranjarmos um espaço de trabalho!
Com esta afirmação, a mãe Catarina
quis dizer que as obras no sótão eram uma necessidade a curto prazo.
3.1. Apresentamos-te uma lista de necessidades
sentidas, geralmente, pela maioria das famílias. Assinala com as necessidades a
curto prazo ( C) e com as necessidades a longo prazo ( L).
____Consertar
o esquentador avariado.
____Trocar
de carro.
____Pintar
a casa.
____Substituir
dois pneus do carro, que estão em mau estado.
____Substituir
o sofá da sala.
____Vacinar
o cão, que acabou de ser adotado.
C
_____________________________________
L
_____________________________________
3.2. Depois de conversares com a tua família, e com o teu
grupo, completa a lista acima com mais duas despesas familiares, de acordo com
a classificação indicada.
MESA-REDONDA
O pai Rui decidiu aproveitar uma tarde de
sábado para programar em conjunto as finanças da família. À volta da
secretária, o diálogo foi animado:
Pai: Vamos, então, fazer o
nosso orçamento para o próximo mês!
Mãe: Ou seja, em linhas
gerais, será necessário o registo das receitas, que são os nossos rendimentos,
e das despesas…
Pai : … para apurarmos o
saldo, que é a diferença entre o valor das receitas e o das
despesas.
Rui: Ó pai, é preciso
estarmos todos para fazer o orçamento?... Tu e a mãe é que controlam
o dinheiro…
Pai: Mas se todos
colaborarmos, o compromisso em cumprir objetivos é muito maior.
Catarina: Estou de acordo. Além disso, se alguma coisa não nos vier a agradar, não
refilamos uns com os outros. Fomos nós que fizemos.
Mãe: Vamos lá, então,
começar por registar o ordenado líquido do pai e da mãe.
Tomás: Ordenado líquido, o que
é isso? Recebe-se e vai logo por água abaixo?...
Rui: Ó Tomás, não nos faças
rir que isto é sério! Ordenado líquido é o montante que efetivamente recebemos,
depois de retirados os impostos e outros descontos. Não percebi muito
bem…
No nosso contrato de trabalho fica
estipulada uma remuneração mensal – chama-se ordenado bruto ou
ilíquido… ao qual é retirada uma certa quantia para pagar os
impostos e a segurança social, de acordo com percentagens estipuladas por
lei.
Tomás: O que é isso?
Rui: Os impostos, como, por
exemplo, o IRS1, são uma determinada quantia que se desconta
mensalmente para o Estado e que é destinada aos gastos com saúde,
educação…
Mãe: … e as contribuições
para a segurança social são para que um dia, quando tivermos idade para deixarmos
de trabalhar, possamos receber a nossa reforma. Como o avô Bernardo e a
avó Alice…
Tomás: Já percebi! Vamos lá,
então, fazer o orçamento… Não há uma folha de cálculo, para
simplificar?
Rui: Claro que podemos fazer
uma folha de cálculo. Mas também podemos utilizar o simulador do Orçamento
Familiar que existe no portal Todos Contam, em
www.todoscontam.pt.
Mãe: Mas para aprender é
preciso meter as mãos na massa. Por isso, é melhor, por
agora, sermos nós a fazer as contas.
Catarina: Acho bem! Quando já tivermos percebido como se faz, poderemos passar
a usar o simulador, para pouparmos tempo.
Tomás: Até porque tempo é dinheiro!
� IRS (Imposto sobre o Rendimentos das
pessoas Singulares) – é o imposto que recai sobre o valor dos rendimentos
de cada indivíduo, calculado segundo uma tabela de percentagens estabelecida
por lei.
TAREFA 1 • Identificar os rendimentos (receitas).
1. Observa a lista dos rendimentos da família
Moedas.
Ordenado líquido do pai Subsídio de refeição do pai Prémio de produtividade do pai |
Ordenado líquido da mãei Subsídio de refeição da mãe Horas extraordinárias da mãe |
1.1.
Sabendo que o ordenado bruto do pai Rui é 1.500,00 € e que a
percentagem total de descontos mensais é de 26,8%, calcula o seu ordenado
líquido.
R:
_______________________________________
Subsídio de refeição da mãe.
Prémio de produtividade do pai.
1.2.
Quando a mãe Catarina começou a trabalhar, recebia mensalmente 800,00 € de
ordenado líquido. Sendo 18% a percentagem dos descontos efetuados, calcula
o valor do seu ordenado ilíquido.
Tarefa 2 • Identificar as despesas.
2.1. Com a ajuda dos pais, o Tomás e a Clara
fizeram a lista das despesas:
___Prestação do empréstimo da casa ___Prestação do empréstimo do carro. ___Seguros. ___Alimentação / supermercado. ___Vestuário / calçado ___Transportes. ___Telecomunicações. |
___Água, gás, eletricidade. ___Atividades extracurriculares. ___Lazer (viagens, livros, cinema…). ___Ginásio. ___Condomínio. ___Semanada da Clara e do Tomás. ___Despesas pessoais do pai. ___Despesas pessoais da mãe.
|
2.1.1. Assinala com (DF) as despesas fixas (aquelas
cujo montante não pode ser alterado) e com (DV) as despesas variáveis
(aquelas cujo montante depende do nosso consumo).
Tarefa 3 • calcular o saldo
3.1. O Tomás e a Clara ficaram encarregados de elaborar uma
tabela para registo do orçamento. Observa:
ORÇAMENTO
MENSAL DA FAMÍLIA
MOEDAS
Receitas fixas: Ordenado líquido do pai: …...........… € Ordenado líquido da mãe: ….....
982,00 € Subsídio de refeição do pai :….. 100,00 € Subsídio de refeição da
mãe:….120,00 € Receitas
extraordinárias: Horas extraordinárias da mãe: 120,00 € Prémio de produtividade do pai:
................... € Total das receitas: …………............2.520,00€ |
Despesas: Prestação do empréstimo da casa: …....................... 360,00€ Prestação do empréstimo do carro: ........................ 190,00€ Seguros: ………...................................……….......... 50,00€ Alimentação / supermercado: …...........................… 850,00€ Vestuário/calçado :................................................ 80.00€ Transportes:………….……….................................……100,00€
Condomínio:………….………...................................…….20,00€
Telecomunicações:………….................................………50,00€ Água, gás, eletricidade :…… ..............................….… 110,00 € Atividades extracurriculares:…..........................…….... 60,00 € Lazer (viagens, livros, cinema…): …..............................120,00€ Ginásio: ………………………....................................... 50,00€ Semanadas da Clara e do Tomás: ............................. 100,00€ Despesas pessoais do pai :….…................................. 70,00€ Despesas pessoais da mãe: …...........................…... 70,00€ Total das despesas: ……........................……...… 2.280,00 € |
Saldo: |
3.1.1. Completa a
tabela.
A) inserindo o
valor do ordenado líquido do pai, que calculaste em 1.1.;
B) calculando a proporção mensal do prémio de produtividade
do pai Rui, sabendo que o valor anual líquido é de 1.200€;
C) calculando o
saldo mensal da família Moedas.
3.1.2. Completa
agora o plano de repartição do saldo orçamental da família Moedas,
sabendo que o mesmo é distribuído pelas seguintes rubricas:
• 50,00 €,
quantia mensal destinada a um fundo familiar para prevenir situações de
risco; • 25% do saldo para juntar à poupança que têm vindo a fazer
para as obras do sótão;
• aplicação do
valor remanescente numa conta poupança para outras
necessidades futuras.
3.1.3. Verificando
que uma parte do rendimento mensal da família Moedas depende de
receitas extraordinárias, indica:
A) o saldo do
orçamento familiar, se essas recei tas não fossem consideradas.
B) as consequências na poupança da
família.
Objetivo da poupança |
Percentagem do saldo |
Montante do saldo orçamental |
Fundo familiar para
prevenção de situações de risco. |
50,00 € |
|
Obras no sótão. |
25% |
|
Conta poupança. |
Tarefa 4 • rever o orçamento
4.1. Depois de verificado
o saldo, e feitos os cálculos das quantias destinadas à poupança mensal, o pai
Rui fez o seguinte comentário: “Dada a urgência das obras do sótão e
considerando as despesas de férias, temos de repensar e diminuir as
despesas supérfluas."
4.1.1. Sublinha, na tabela
apresentada em 3.1., as despesas que podem ser consideradas supérfluas.
4.1.2.
A
família Moedas entende que não é sensa to fazer “cortes cegos” nas
despesas supérfluas. O primeiro passo para tomar uma decisão será
estabelecer prioridades. Transcreve as despesas que sublinhaste,
considerando, em tua opinião, a sua ordem de prioridade (das mais para as
me
nos
supérfluas).
Justifica a ordenação que fizeste.
4.1.3. A Clara lembrou que também é possível diminuir
certas despesas necessárias variáveis,
alterando hábitos. Indica uma dessas despesas,
referindo comportamentos que podem contribuir para a sua
diminuição.
4.2. A mãe Catarina considera que é possível aumentar os rendimentos,
se conseguirem algumas receitas extraordinárias com pequenos trabalhos.
Completa a lista abaixo, sugerindo pequenas atividades remuneradas que possam
ser feitas pela família.
Mãe Catarina e Pai Rui: fazer gomas e bombons biológicos, vendidos
em caixinhas personalizadas ou decoradas de acordo com datas específicas
(Natal, Halloween, Santos Populares, aniversário…)
Clara: fazer e vender raminhos de flores secas para
brindes de casamento ou batizado;
Tomás: lavar o carro do avô todas as semanas;
14
RECORTES DE IMPRENSA
Recortes de Imprensa
1. Lê com atenção o texto seguinte, prestando atenção às passagens que
destacámos:
“PEQUENAS” GRANDES DESPESAS
Muitas vezes chegamos ao fim do mês e achamos que o dinheiro
“voou”. Puxamos pela cabeça para tentar perceber para onde foi e
muitas vezes não chegamos a qualquer conclusão. Queixamo-nos do
preço disto e daquilo (que é verdade) mas em alguns orçamentos familiares
a explicação pode estar em pequenas despesas diárias ou semanais
que, somadas, representam somas elevadas.
Fiz as contas a vários exemplos. (...) pequeno-almoço e lanche fora de casa
e outras pequenas despesas de que se lembre ou que se apliquem ao seu
caso podem absorver mais dinheiro do que julga. Se fizer as contas a
quanto gasta por ano pode ter uma grande surpresa.
O objetivo desta crónica não é dizer se deve ou não ter essas
despesas. Como gasta o seu dinheiro é assunto pessoal − e ninguém tem nada a
ver com isso. O que quero chamar a atenção é que deve saber
sempre (para ter umas finanças saudáveis) se tem orçamento suficiente ou
não para suportar esses gastos.
O que gasta com uma coisa “inofensiva” pode ser ao fim do ano mais do
que o que paga de seguros dos carros ou de IMI2, por exemplo.
E se lhe falta esse dinheiro, quando precisa de pagar essas despesas
obrigatórias pode verificar que já o gastou em coisas menos
importantes. Pedro ANDERSSON/SIC, in “Expresso” de
15-01-2017 (excerto,adaptado) .
� IMI – Imposto Municipal sobre
Imóveis.
1.1. Escreve um pequeno comentário ao excerto
jornalístico que acabaste de ler.
Pistas:
1. Identifica o tema.
2. Refere os aspetos
focados acerca das pequenas despesas (importância e consequências).
3. Dá a tua
opinião acerca das ideias apresentadas, justificando.
(Podes exemplificar, recorrendo à tua própria experiência, pessoal ou familiar.)
CO DE NOTAS
Toma nota do que
aprendeste, completando o registo seguinte.
Quatro passos para fazer um orçamento:
1. Identificar _______________________________________________________(fixas
e
__________________________________________________________________
2. . Identificar _______________________________________________________(fixas
e _________________________________________________.
3. Calcular o saldo, salvaguardando uma
quantia destinada a ___________________.
4. Rever o orçamento, se necessário, tendo em vista as prioridades e
objetivos de poupança e/ou de compra programada.
A não esquecer:
1. As despesas não devem exceder as ______________,
para que o ______________ seja positivo;
2. O orçamento familiar deve
considerar a importância de poupar regularmente.
Sem comentários:
Enviar um comentário