segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Democracia- Ditaduras - Direito de voto


No início da nossa nacionalidade, no Séc. XII,  D. Afonso Henriques foi  entronado  rei, pela força das armas. Era auxiliado peloo clero e a nobreza, pela “força do berço”.

O povo, obedecia, sem participação na definição das ordens, ou ordenações.

Nas primeiras Cortes de 1211, em Coimbra (embrião dos Parlamentos) aprovaram as primeiras Leis Gerais do Reino, apenas estiveram presentes, além de D. Afonso II,  os representantes  do Clero e da Nobreza.

No entanto, nas  Cortes de Leiria, em 1254, com D. Afonso III, houve uma  incipiente, representação do Povo, “Homens Bons”. Mais tarde, em 1385, O Povo, chamado “Homens de Cabedal” ou Burguesia tiveram um papel importante.

Com o triunfo do liberalismo, em 1820, organizaram-se as primeiras  eleições portuguesas, ainda que por sufrágio indireto e censitário.  Os eleitores, homens (que tinham que ter determinadas posses, ou seja ter o dever de pagar o censo), votavam para Juntas Eleitorais de Freguesia, estas para Juntas de Comarca e estas para Juntas de Província.

Os eleitos das juntas de província votaram,  em 1821, para a eleição de Deputados às Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes, que se realizaram e aprovaram a Constituição em 1822. Esta, assinada por D. João VI,  consagrava o sufrágio direto e secreto - era a “Monarquia Constitucional”.

O sufrágio direto foi alternando com o indireto em sucessivas alterações Constitucionais, fixando-se definitivamente o direto em 1852, não sem que antes, entre 1828 e 1834, o rei D. Miguel se tenha proclamado “Rei Absoluto”, suspendendo a Carta Constitucional em vigor e, por consequência, o direito de voto.

As mulheres, mas apenas as que fossem solteiras ou viúvas, ou seja “chefes de família, só tiveram direito de voto em 1931 limitado às Juntas de Freguesia e vogais das Câmaras.

No Estado Novo , o decreto de 5 de Maio de 1931 atribui o direito de voto direito às mulheres maiores de 21 anos de idade que fossem chefes de família (viúvas, divorciadas ou judicialmente separadas de pessoas e bens com família própria, casadas cujos maridos estivessem ausentes nas colónias ou estrangeiro). No entanto, este direito,  em 1946 é alargado às eleições legislativas e presidenciais, com a restrição de possuírem a escolaridade mínima e em  1968 ás eleições para a Assembleia Nacional.

O sufrágio universal e secreto só foi conseguido após longa luta das Mulheres organizadas em diversos movimentos, alguns clandestinos, durante o Estado Novo, vêm a sua luta coroada de êxito, após a Revolução do 25 de Abril de 1974 que consagra na Constituição de 1976  e desenvolve na Lei do Recenseamento Eleitoral de 1978, que:

“a Soberania reside no Povo (art.º 3º da CRP); o poder político pertence ao Povo (artº 108º) e o Povo exerce esse poder através do sufrágio universal, igual, direto, secreto e periódico “ (artº 10º).  “O exercício do direito de sufrágio constitui um dever cívico (artº 49º/2).

 

Webgrafia:

https://www.oa.pt/upl/%7B2f35391b-b4fc-461e-8f80-476267443aa9%7D.pdf

https://orbisirsa.pt/a-evolucao-do-sufragio-em-portugal/






Faz um inquérito ao maior número pessoas possível de diversas faixas etárias, questionando sobre o exercício de voto.

As respostas devem ser completamente anónimas de forma a não colocar em causa a liberdade de pensamento de cada pessoa inquirida.

Faixas etárias

18 - 25;  26- 35; 36 - 45; 46-55; 56-65; 66-75;76-85; 86-95; Mais de 95


1.Costuma votar?

2.Acha o voto importante?

3.Acha a abstenção legítima?

4. E os votos nulos são legítimos?

5. Se não concordar com o programa de nenhum partido, acha mais legítimo abster-se ou anular o voto?

Porquê?



Obtidas as respostas, um grupo faz os gráficos das respostas que devem ser analisados por todos.


1. Costuma votar?







2.Acha o voto importante?













3.Acha a abstenção legítima?














4. E os votos nulos são legítimos?





5. Se não concordar com o programa de nenhum partido, acha mais legítimo abster-se ou anular o voto?








Se não concordar com o programa de nenhum partido, acha mais legítimo abster-se ou anular o voto?

Porquê?

(respostas obtidas)


Um voto nulo é votar em quem ganha. 

- A abstenção é uma forma de mostrar descontentamento com o proposto pelos diferentes partidos, o voto nulo não. 

 a abstenção é legítima para quem acha que votar não é importante 

  os votos nulos acho uma forma de quem vai votar é contra qualquer partido acho mais legítimo mostrar a minha indignação através do voto do que tem mesmo probabilidade de ganhar mas temos sempre que votar foi um direito que conseguimos principalmente as mulheres votar sempre 


Porque não estou de acordo com nenhum partido.

Eu vou ser sincero, não percebo nada disso. 

Porque o voto nulo soa a gozo muito embora eu perceba que às vezes acaba por ser o que os próprios políticos fazem connosco não acho que tenhamos que pagar na mesma moeda. Se não nos identificarmos com nenhum partido não votamos ponto. 

Isso sim, porque abster se é não exercer um direito, voto nulo é uma não identificação com nenhum partido, mas exerceu se o direito. 



- A meu ver o voto nulo em relação à abstenção ganha pontos, porque significa que me interesso pelo direito de voto.

- Apesar de não concordar com nenhum partido, fiz o meu dever.

- O voto foi uma coisa muito difícil de conquistar, por isso a abstenção não é a melhor opção.

- Devemos cumprir sempre o nosso dever que é votar  e pensar no futuro do nosso país.

Sim e Não, porque favorece os partidos mais votados ao deixar uma parte da população decidir a vida de todos. O voto é um dever!! 

No entanto, por exemplo, nas próximas eleições não vou votar porque a única hora disponível para o fazer vai estar cheia de infetados com covid. 

Não, porque é uma perde de tempo e de recursos e nem sequer são contabilizados de forma nenhuma. 



os votos nulos acho uma forma de quem vai votar é contra qualquer partido acho mais legítimo mostrar a minha indignação através do voto do que tem mesmo probabilidade de ganhar mas temos sempre que votar foi um direito que conseguimos principalmente as mulheres votar sempre 


 Se temos um direito de voto, devemos exercê-lo. É vergonhoso termos um direito do qual não usufruímos. Existiram mulheres que lutaram muito para ter o mesmo direito de voto dos homens, por isso devemos honrá-las e votar. Nunca concordaremos a 100% com nenhum programa. Devemos escolher o que consideramos mais adequado de todos. 


Acho que quem não vota é irresponsável ao ponto de perder o direito de votar  

Sou a favor pois há pessoas que têm conhecimentos de partidos relativamente ao país mas podem não ter em relação aos partidos da freguesia… 

Acho que a população se deve dar ao trabalho de conhecer os programas dos partidos para não votarem em vão ou optarem por um voto nulo.



Se vamos votar não é para rasurar o boletim, mas sim expressar o nosso direito de opinião. Se não tivermos opinião, deixamos em branco.  


Não concordo, pois em nada a pessoa fez para ajudar numa eleição e/ou questão. Já que nos deslocamos que seja para mostrar a nossa intenção, válida, claro.  Em último recurso o voto nulo. Sendo que o voto em branco é o ideal em caso de dúvida.  


Acho que quem não vota é irresponsável ao ponto de perder o direito de votar  

Sou a favor pois há pessoas que têm conhecimentos de partidos relativamente ao país mas podem não ter em relação aos partidos da freguesia… 

Acho que a população se deve dar ao trabalho de conhecer os programas dos partidos para não votarem em vão ou optarem por um voto nulo 


Acho normal haver a dúvida (abstenção), mas não concordo que não se vá votar, se não estamos satisfeitos não votar, em nada fazemos pelo país, logo todos temos uma opinião nem que seja um pouco sobre algum partido/pessoa/situação.  

-Não concordo, pois em nada a pessoa fez para ajudar numa eleição e/ou questão. Já que nos deslocamos que seja para mostrar a nossa intenção, válida, claro. Em último recurso o voto nulo. Sendo que o voto em branco é o ideal em caso de dúvida. 



DEMOCRACIA -DITADURA


Questões orientadoras:


Definição de Democracia

Definição de Ditadura


As Ditaduras no mundo


Ditaduras no mundo


Escolhe um país que viva em ditadura e um que viva em democracia. Compara-os.

Podes consultar o artigo:
https://www.politize.com.br/quantas-ditaduras-ainda-existem/

e

https://www.diferenca.com/democracia-e-ditadura/


Onde surge a Democracia?

Democracias que estudaste?

Ditaduras que estudaste?



Ficha de Avaliação – Cidadania – Democracia -Ditaduras

 

 

Democracia é um sistema político em que a autoridade emana do conjunto dos cidadãos, baseando-se nos princípios de igualdade e liberdade.

 

1.Na democracia portuguesa:

Seleciona a opção falsa:

A-                       A soberania é popular

B-        Todos os cidadãos são iguais perante a lei

C-        A Constituição é o documento fundamental

D-                       Os mais velhos não podem votar

 

 

Democracia direta - situação político-administrativa em que o poder é exercido diretamente pelo povo

Democracia representativa - situação político-administrativa em que o povo governa através de representantes seus, periodicamente eleitos

 

2. O Sistema democrático português é:

Seleciona a opção verdadeira:

A- Direto

B - Representativo

C- Misto

 

3. Portugal já viveu em Ditadura porque:

Seleciona todas as opções verdadeiras:

A- O sufrágio não era universal

B- O poder estava concentrado numa só pessoa

C- Havia liberdade

D- Havia tolerância

 

4. Antes do 25 de Abril de 1974, em Portugal:

Seleciona a opção verdadeira:

A – Havia liberdade de expressão e reunião

B – Havia sufrágio Universal

C – Havia Ditadura

D – Havia democracia

 

 

5.  Ditaduras no mundo

Seleciona todas as opções verdadeiras:

 



 

A – A Ásia é um continente com várias ditaduras

B – A África não possui ditaduras

C – A Austrália é um país democrata

D – Na Europa predominam as ditaduras

 

6. Tendo em linha de conta, a definição de ditadura, selecionas as caraterísticas ditatoriais

 

Ditadura é uma forma de governo em que uma pessoa ou um pequeno grupo possui poder absoluto sem limitações constitucionais efetivas. O termo ditadura deriva do título latino de ditador, que na República Romana designava um magistrado temporário a quem eram conferidos poderes extraordinários para lidar com as crises do Estado.

A - Violência e controle intenso do Estado sobre os cidadãos;

B - Censura e fim das liberdades civis;

C - Supressão e controle dos poderes, legislativo e judiciário;

D-Liberdade de imprensa;

E -Eleições democráticas.

 

 

7- Tendo em linha de conta o conceito de ditadura e observando o mapa, assinala a alínea que contenha três países ditatoriais.





A – Espanha, Coreia do Norte, Brasil

B- China, Coreia do Norte, Arábia Saudita

C – Arábia Saudita, Brasil, Estados Unidos

 

8 –

Em democracia existe:

(Seleciona a opção correta)

A -Poder concentrado em um indivíduo ou grupo

B- Participação popular

C- Restrições ou suspensão da participação popular

D - Restrição às liberdades individuais

 

 

9. Em ditadura existe

(Seleciona a opção correta)

 

A-            Participação popular

B - Liberdade (de associação, de participação, de expressão, de imprensa, etc.)

C- Respeito pelas minorias

D -Restrições ou suspensão da participação popular

 

 

10.

Exemplos de países democráticos são:

 

A-                       Portugal, Espanha, Reino Unido

B-         Portugal, Reino Unido, Rússia

C-         Reino Unido, Iraque, Austrália

D-                       França, Luxemburgo, Afeganistão





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